domingo, 29 de janeiro de 2012

Volta ao Brasil

Acordei minutos depois de ter adormecido, pois havia parado um caminhão ao meu lado, e seu dono estava conferindo o estado dos pneus com uma marreta, quando ele passou para os pneus que estavam ao meu lado, me perguntou:

_Chico, ¿lo que haces?,acostado en la calle como un mendigo! 
_estoy aca desde temprano; haciendo dedo, y hablando com los camiones, yo quero llegar a Assunçion para ir rumbo Foz do Iguaçu, soy brasilero, pero estan todos llenos, ou no quiseram levar-me 
_que malo , bueno estoy indo rumbo a Formosa, si quires puedo acerca-te 
_o si, graçiassssssss, vamos 

aquilo praticamente explodira em meu coração, e na madrugada Argentina, o peregrino pouco a pouco avançava para casa, fiquei em um posto de serviço em Formosa, onde de imediato dormi ate o amanhecer, e pela manha, com os primeiros raios de sol, bastariam 10 minutos para um Argentino de nome Michel, me levar indo justamente para Assunção,aquilo me soava divino e antes do almoço, eu estava nas "tierras del Paraguay" dali mesmo foi fácil conseguir carona ate Ciudad del este.

  senti a incrível sensação de voltar a minha pátria,era uma sensação de sucesso e conquista, o sol começava a se por quando cheguei a foz do iguaçu, fui a rodoviária e comprei um bilhete para cidade vizinha chamada "Santa Terezinha do Itaipu"vaguei pela rodoviária, e comecei a bater papo com um moto-taxista,quando contei que ia dormir na rodoviária, ele me disse que não longe dali eu encontraria um Albergue ,onde eu poderia tomar banho, comer e dormir de graça, aquilo me soava extremamente agradável, principalmente quando ele disse que me levaria de graça na moto, fui muito bem recebido no albergue, pegaram meus dados (documento de identidade é exigência)e jantei, tomei um banho quentinho para depois disso dormir em uma cama agradável, havia alguns moradores de rua no quarto, era incrível as historias que escutei deles. .pelas 06:00 o pessoal estava chamando a gente ´para tomar cafe e sair, pois as 07:00 o albergue fechava e voltava a abrir as 18:00.
  voltei a rodoviária e peguei meu ônibus para S.T Itaipu, era domingo e pegar carona nesse dia como todo mochileiro sabe: e quase inviável.
  O sol logo começou a se por e eu não havia saído dali, fui a uma lan-house, de onde novamente receberia ajuda do grande "Léo Carona" :ali perto ele tinha uma amiga chamada "Maria Bona", ele entrou em contato com a família dela e pediu a eles para me darem hospedagem por um ou dois dias, 
Maria estava viajando, mais sua mãe e irmã me receberiam de braços abertos.
  Apesar de ter voltado confiante ao pedágio, o sol já estava se pondo e logo escureceu de vez, e eu sabia que naquele dia não chegaria a Corbélia, tentei dormir no pedágio, mais a segurança disse que ali eu não poderia ficar e como Santa Terezinha estava a 6 km eu não animei a voltar, então me encaminhei a 300 mts do pedágio, comi algumas bolachas e resolvi dormir ali mesmo debaixo de uma velha arvore.




quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Terras Argentinas

Chegamos por volta das três da tarde em Jujuy,apesar de minha insistência com os paraguaio, eles me deixariam ali,não podendo me levar mais adiante,mais estava de bom tamanho, afinal haviam nos tirado do Atacama e nos levado por centenas de Quilômetros através dos andes,ali me despedi de toda a turma,do Ivan,do Velho,e de todo resto da galera,afinal dali eles pegariam um ônibus para Corrientes,e depois para o Rio Grande do sul onde estariam suas residencias.me sentei em um muro próximo a Autopista,refletindo sobre o próximo passo,afinal esperava que os paraguaios me levassem ate a fronteira próxima a Assunção.então decidi sair de San Salvador de Jujuy que era a capital da província e pegar um coletivo rumo Guemes,uma cidadezinha vizinha,e ir em alguma estação de serviço para tentar pedir carona,quando cheguei a rodoviária,para minha surpresa Ivan estava la,o restante dos companheiros haviam pegado o ônibus,mais ele estava sem dinheiro suficiente,então ele me propôs a mesma ideia que eu tive, só que muito melhor: iriamos pegar o coletivo ate Guemes e la havia um hotel que ele costumava se hospedar,eu me hospedei no hotel como Chofer da  hahahahah "Sr.Juan Pablo Ferreira, Chofer".
  fiquei maravilhado com a oportunidade de tomar um banho de verdade,e depois de dias voltar a dormir em uma cama,tomei banho e dormi quase que de imediato,na manha seguinte,a gente foi ao pedágio e la depois de horas de espera por algum caminhão brasileiro,surge o Rodrigo um sulista brasileiro que me levou ate Resistência.
   o Ivan tinha tirado a sorte grande,por que o rodrigo passaria praticamente na porta da casa dele.despedi da galera e me fui,muito gente fina esse pessoal da estrada, conhece-los e oque faz a aventura valer a pena,do trevo de Resistencia caminhei algumas horas pela estrada ate chegar a uma capelinha de "Gauchito Gil"

Capelinha de "Gauchito Gil"
     pelo que me contaram os caminhoneiros foi uma especie de Roobin Wood argentino,roubando dos ricos e dando aos pobres,procurado pela policia,foi pego por um rastreador e nos últimos momentos de vida,pediu para ser morto com seu próprio punhal,antes de morrer disse ao seu assassino que sua filha estava muito doente;e a unica forma de salva-la seria pedindo perdão a ele ,na descrença do outro,gauchito foi morto amarrado as pés de uma arvore,o seu assassino tendo regressado ao lar encontra sua filha no leito de morte,e apos retornar e pedir perdão frente ao corpo sem vida de Gauchito teria a enferma se recuperado.
desde então se tornou uma personalidade popular entre os argentinos que constroem capelas vermelhas a sua homenagem e fazem pedidos de cura deixando cigarros,bebidas e flores sempre junto a bandeiras e fitas vermelhas.

saudando o velho espirito,continuei seguindo meu caminho,ali perto havia um carro da policia rodoviária,os policiais me levaram por 5 kilometros ate um posto de gasolina,me garantindo que ali conseguiria carona.
logo que cheguei havia dois caminhoneiros argentinos:

_hola,cavalheiros,buenas tardes
_buenas tardes
_maestros,¿siguen Usteds,por la ruta rumbo assunçion ou Formosa ?
_si,vamos a formosa
_que bueno,,mira,estoy haciendo dedo rumbo assunçion,donde vuelvo a brasil,a casa de mi mama,entonces ¿usteds puedem me acercar de formosa?
 _si,no tienem poblema,pero vamos nos quedar mas un rato aca
_si,entonces,voy buscar una botilha de agua e vuelvo

quando fui buscar água tinha certeza que havia conseguido,como foi rápido isso,mais então escutei barulho de motores;e quando sai eles haviam dado partida e fingiram não me ver

_perros safados,Hijos de una puta.

depois disso me veio,o que eu chamo de a depressao da estrada, os carros vinham,ficavam para comer alguma coisa e iam embora,e para piorar havia um enxame de pernilongos me deixando irritado e cheio de bolhas,peguei meu repelente e na hora de aplicar;sem querer eu mirei um jato no meu olho,pronto agora estava com fome,sozinho,cansado e cego de um olho, um belo jovem que morava no posto havia me oferecido sua casa para passar a noite,estava em uma moto com sua filhinha,eu via uma bondade ancestral e imensa em seu olhar,mais eu não pude aceitar,meu desejo de sair logo dali era imenso,logo começaram a aparecer prostitutas e homens pervertidos,vi que não sairia dali,comi o pão que veio junto com meu almoço e umas quitandas que um caminhoneiro havia me dado,peguei meu saco de dormir e ali mesmo do lado da estrada eu adormeci.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Atacama

Amanheci super cansado e com dor nas costas,a terra úmida da praça em san Pedro não havia me deixado dormir direito.
Comi as sobras da bolacha,e dei uma volta na cidade: como é rústica San Pedro,cheia das casa de barro e construções,é também uma cidade totalmente turística com seus vales ,salares;cercada da natureza ariada e incomum do Atacama,como não estava com dinheiro para conhecer as atrações turísticas que existem no deserto;fui rumo a aduana para entrar na Argentina,ali enfrentei um poblema...o homem da imigração tava pedindo a identitificaçao do meu ônibus:

_Estoy haciendo dedo,maestro.

E ele me disse que eu teria que estar em um veiculo identificado,então a solução seria pegar um ônibus ate a cidade mais próxima na Argentina;assim pelo menos cruzaria legalmente a fronteira,mais quando fui nas agencias estava tudo cheio, só teria vaga no ônibus em fevereiro,fiquei sem chão,então tentei os caminhoneiros na aduana mais nenhum quis me levar.
Estava prestes a agir de ma fé,anotei o nome de um ônibus,entrei na fila novamente e iria dizer que estava nesse ônibus,mais sucedeu que quando fui dizer isso,ele já estava carimbando meu visto,acho que falou aquilo só de sacanagem. então estou legalmente permitido a entrar nas terras argentinas,agora só me falta alguém para me levar 

   Pedir carona na cidade do Atacama, não e uma coisa fácil,por horas a fio esperei,os carros passavam cheios de gente,e os que passavam vazios, não ligavam para minha presença na pista,não obstante o Sol do deserto se tornava insurportavel;e havia mais de 30 caroneiros a me fazer concorrência 
mais ali teria uma sorte grande para mim, tinha um grupo de Brasileiros,caras que não costumavam pegar carona,mais possuíam consigo uma carta unica,
eles era puxadores de zero(levam para um pais um veiculo novo dirigindo,e voltavam de onibus)mais San Pedro como eu mesmo havia verificado só havia onibus pra dali uma semana,a cartada a mais era essa,conversariam com algum caminhoneiro paraguaio,que eles sabia passar a tarde levando veículos semi-novos nas cegonheiras dito e feito,as 15:00 passa 3 cegonheiras do Paraguay,pararam na aduana e la foram meus companheiros de carona falar com os caras,estava combinado eles sairia de madrugada oferecendo para os brasileiros e para mim,a melhor carona que eu poderia desejar: centenas de quilometros vencidos a uma altura suficiente para ver os detalhes das paisagens e o melhor de tudo,sozinho com horas e horas de silencio absoluto para descansar,sem ter que dizer ou ouvir nada,pois as vezes o grande incomodo da carona e voce ter que ficar ouvindo o motorista por horas,para que ele se convença que nao foi uma ma ideia ter parado o veiculo para um estranho.
enquanto não chegava a iluminada hora,nos juntamos a um caminhoneiro brasileiro;e la o Ivan fez almoço para gente :um arroz com frango de um jeito que so existe no Brasil,fiquei o resto da tarde sem me preocupar com absolutament nada,contei alguma historias da estrada e tambem ouvi algumas,mais a tarde apareceram alguns malucos que estavam fazendo um percusso parecido com o meu,indo da argentina rumo chile bolivia e todo resto,eram tres: França ,Argentina e Chile ,dividi um pouco de rapadura com eles,dei algumas dicas dos proximos lugares para se pedir carona,e lugares sossegados para acampar;trocamos sinais sinceros de boa sorte,e eles se foram.era empolgante para mim ver jovens de mente tão desprendida e iluminada,dava vontade de seguir com eles,mais percebi que eu não tinha meios de ganhar a vida nas ruas.um dia volto e nos veremos de novo.
   voltei para nossos amigos brasileiros ,o motorista havia preparado um molho de salchichas ,o cara era gente fina,meio louco,mais disposto a ajudar sempre.depois disso disso ele se foi;e fomos ao encontro dos paraguaios,estava tarde e tivemos um receio que se confirmou... os caras estavam dormindo.tentamos sem sucesso acorda-los;a noite do Atacama era fria e seca,seria impossivel aguardar ate as 04:00 do lado de fora,então cada um se ajeitou em um carro,e no interior quente de uma Nissan,adormeci.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Iquique

Com aquele onibus a bom preço chegamos a Tacna,e fui procurar uma nova maquina fotografica,por que seria realmente impossivel viajar e conhecer todos esses lugares,sem registra-los em fotografia,busquei por horas ate achar uma de pilha que saiu a bom preço,pelo menos as proximas fotos estaria garantidas,fomos para o trevo da cidade de Tacna e tentamos com insucesso carona para Iquique,tenho que dizer que agora vou apertar ainda mais o cinto
por que ali meu dinheiro começava a se acabar e ainda faltava 2 paises para se atravessar,essa seria a ultima vez que eu pagaria transporte nessa minha viagem.

Iquique sem sombras de duvidas e linda:gente bonita ,sorrisos,musica.
ali entramos em uma boate sem pagar nada,mais a musica nao me agradava e so tinha casais,o Cristian no dia teve a otima ideia de deixar as nossas mochilas em um hostel,e na hora de pegar as mochilas... quem disse que o dono do hotel acordou?,aquilo me deixou nervoso por que Iquique era uma cidade com muitos deliquentes e usuarios de drogas,ai tivemos que dormir na rua debaixo do Hostel,acordei com um deliquente olhando pra mim e o Cristian mandando ele sair.se nao fosse por ele com certeza poderia ter sido diferente.
amanhecemos e fui a praia dar um mergulho e la estava um chileno de boa fumando um cachimbo,Cristian ficou conversando com ele enquanto eu fui,quando regressei o Cristian havia armado sua mala,e me deu a noticia,o chileno estava indo para Santiago e conseguiria para o Cristian uma passagem muito mais barata,eu nao poderia seguir com ele pois santiago me distanciaria muito de casa,e eu ja estava com San Pedro do Atacama em Mente,entao era isso,fizemos alguns cambios de dinheiro nos abraçamos e ali na praia de iquique seguimos cada qual seu caminho.
Havia coisas que eu queria ter dito,como o quanto devia a ele em gratidao,o quanto devo ter sido chato nos ultimos dias,e que seria dificil para mim seguir sozinho,mais apenas desejei boa sorte,e me fui ,
caminhei,caminhei muito mesmo pensando sobe minha vida,as pessoas que eu amava,pessoas que eu ja havia decepcionado,e pessoas que eu nunca vou querer decepcionar,pois são como ouro para mim.
Havia saido dos limites da cidade em direçao a Tocopilia e Calama que eram meus proximos destinos,desci a um rochedo isolado,onde tomei banho (incrivel como o sabonete nao funciona no mar)
voltei a estrada e começei a pedir carona,nada ...era Domingo,eram carros de familia,ou de moças lindas de oculos de sol e o cabelo esvoaçando ao vento ,e pranchas de surf no teto,todos passavam voando,parecia que nenhum dos carros me notavam,me sentia invisível alem disso fazia temp que nao comia nada,eram 09:00 da noite.escurecera por completo,voltei a praia e ali mesmo e adormeci,acordei com frio fome e sede.
   Peguei a mochila e cai na estrada,caminhei ate chegar a uma fabrica onde implorei por agua,o porteiro me deu sua propia garrafinha, percebi que ali nao pegaria carona alguma,as propias pedras,residentes seculares,parecia odiar e amaldiçoar minha presença,entao um carro que saia da fabrica me deu uma carona de volta a Iquique,quando me vi de novo em Iquique,cambiei mais alguns dolares e peguei um onibus para Tocopila me dirigi de imediato a estrada,e ali iria pelo caminho da fé.
Havia na estrada um pequeno santuario dedicado a San Lorenzo,padroeiro dos mineiros(so mineiro uai),minha Fe no sobrenatural me pos em terra naquele momento rezei pedindo ajuda,que meu caminho fosse bonito e abençoado,que os homens pudessem ter amor,aquele momento minha alma estava sincera e desnudada
e  voltei ao trecho e ali pegaria uma carona que me levaria direto a calama.
o carro era um ultimo modelo,estremante limpo e luxoso,o motorista disse ter passado ali,ido 2 km adiante e retornado para poder me ajudar,pois se sentira tocado,parou em uma venda na estrada e comprou um pacote de bolacha e soda e me deixou em frente ao terminal onde eu peguei um onibus ate San pedro do Atacama.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

O oceano

no nosso ultimo dia em Cuzco conhecemos um casal de Brasileiros amigos do Léo,muito legais os dois  almoçamos todos juntos,e fomos a rodoviária por que eles iriam comprar passagens,o Cristian não sei como conseguiu comprar tíquetes para Arequipa a 20 soles (o normal e 50)e para la iriamos ,nos despedimos do Léo e chegando em Arequipa fomos a "Plaza de las Armas" zarpamos imediatamente para o mar,ali perto havia a praia de Mejia.antes que eu pudesse dizer
"oceano ja estava olhando para ele,foi uma sensação maravilhosa,e estonteante era um sentimento estranho de distancia,pois ali eu vi o qual longe estava da minha casa,e quando você olhava para o mar,percebia o quão grande e o mundo em que vivemos,quanta coisa a saber e se conhecer.ali na areia da tranquila cidade eu glorificava o oceano e dava graças a Deus a coragem de aventura que me foi concedida,chegando a noite acampamos na praia,e digo dormir ouvindo o som do mar e algo que não tem preço,na manha seguinte fomos a Tacna pegando carona com um senhor de idade , simpático ele ouvia a tradicional salsa Chilena,ele parou o carro e nos deixou em uma estação de serviço tomadas pelas vendedoras que abordam os veículos,elas vendem desde chapéus a pratos feitos,senhoras como aquelas partir do momento em que se entra na Bolívia você e sempre abordado por elas nos pedágios mais ara a primeira vez que eu via como era o trabalho dessas mulheres,ali conversamos com elas,vimos como elas preparam os alimentos com alegria e carinho,como elas se divertem entre si e tem um sentimento de solidadriedade,ali abordávamos os ônibus pedindo valor mais barato , já que não estávamos muito longe da cidade,e elas ficaram muito feliz quando um motorista se propôs a nos levar.levo boas lembranças das gentis senhoras que da estrada tiram seu sustento.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Cuzco

De Puno fomos para Cuzco,e la algo muito legal sucedeu,o Grande Léo Carona,havia alguns dias  dito que estaria em cuzco nessa data,então quando chegamos,decidi ligar e saber se ele ainda estava na cidade,e uma voz conhecida atendeu e disse para irmos imediatamente para a "Plaza de las Armas,que estaria la em 5 minutos, o Cristian estava digitando um e-mail ele ficou na lan-house e fui ao encontro do Léo.
  avistei ele vindo,e como já imaginava la estava Léo Carona iniciando mais um de seus videos,sinceramente eu não levo jeito para fazer videos me sinto pouco a vontade,mais por outro lado adoro vê-los.Leone foi o rei da camaradagem durante essa estadia nossa em Cuzco,fizemos macarrão e ele narrou um pouco de suas historias na estrada e me deu muitas dicas de como poderia melhorar meu Castellano,e dicas de carona,na manha do dia seguinte nos três fizemos um tour a cavalo por algumas ruínas perto do Cristo Blanco no alto de Cuzco, você paga muito barato e provavelmente sera guiado por um gentil "senhor quíchua "e ele te contara as historias de seus antepassados que viveram ali a centenas de anos atras com ele aprendi a palavra Arí que quer dizer sim.


Nota:nao tenho acervo fotografico desse dia por que minha camera havia quebrado

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Isla del Sol


 O Cristian me acorda de manha, dizendo que haviam comprado Tíquetes,para a Isla de Sol,Praguejei todos os palavrões contra ele,Afinal fazia mais de uma semana que eu não dormia em ma cama e queria desfrutar mais desse momento,mais depois fiquei contente e recuperei meu humor,e em alguns minutos estávamos entrando na embarcação que em 1:30 nos deixaria na ilha.



Cristian tem uma qualidade, que praguejo a todas as forças, ele é muito imperativo as vezes,o cara gosta de mais de andar,e curte as rotas que são mais complicadas,mais íngremes,fazendo a caminhada na ilha ser um verdadeiro teste militar,encontramos com alguns garotos nativos,o mais velho disse que tinha um barco e poderia nos levar de volta a Copacabana no outro dia a um terço do que valia o tíquete;que em real não me custaria 2 reais,então combinamos de nos encontrar no dia seguinte na extremidade norte da ilha depois disso caminhamos 5 horas fazendo pausa chegamos a extremidade da ilha tendo passado por algumas vilazinha e visto varias ruínas incas.



 Quando chegamos à praia fiquei boquiaberto umas 150 barracas a beira da praia ali nossa pousada estava garantida, comprei rum e cigarros e ficamos curtindo a noite na praia, conversei com algumas pessoas entre alguns brasileiros, já era tarde e as pessoas aos poucos apagavam suas fogueiras e retiravam para suas barracas, tentei dormir mais o frio logo se tornara insuportável mais com certo custo consegui dormir tranqüilo.

domingo, 15 de janeiro de 2012

Indo pra copacabana

Saímos de La Paz no dia 14,pegamos uma pseudo-carona, havia um ônibus saindo para copacabana mais ele estava lotado ai o motorista disse que se esperássemos na rua seguinte ele deixaria a gente ir na frente com ele e pagaríamos só meia cada,o canalha já tinha combinado isso com outro e ainda tinha a cobradora que também foi na frente,foi parecido com viajar de caminhão,uma janela panorâmica aberta para a estrada infinita,alem de você passar horas com o motorista e isso acaba se tornando uma conversa longa e que se fala de quase tudo historias de viagens amores frustados,incapacidade do governo,chegamos em copacabana e tava tudo lotado os Hotéis,ate que chegamos em um super barato e que não tinha água...
mais para um frio desses quem precisa banhar-se?

sábado, 14 de janeiro de 2012

La Paz


Saímos Cristian e eu de Samaipata pegamos umas caronas e um ônibus ate cochabamba,no caminho conhecemos um cara de nome "Jona"que saiu da frança,e a anos viajava pela America do sul,ele tinha um jeito muito peculiar de pedir carona,Fazia suas artesanias e conversava com os motoristas;em Geral,Trocava uma pulseira,por uma carona em ônibus.na Bolívia a fiscalização em ônibus e quase inexistente,então o motorista em situações em que tem vaga na condução pode muito bem te levar por uma quantidade menor de dinheiro.Dito e feito La estava o cara indo de carona com a gente rumo a cochabamba,ali eu senti frio,nunca em toda minha vida havia sentido frio igual,e em desventura deixei meus agasalhos todos na mochila que estava no ônibus,pegando os agasalhos fui logo buscar algo bem quente para beber para espantar um pouco o frio,e bebi o quinua com manzana uma bebida consistente e deliciosa.




A Altitude se mostrava a cada kilometro Mais evidente, houve uma hora que achei que ia morrer:

“existe nas montanhas bolivianas a comunidade dos “Pueblos Andinos”
São vilas que ficam a uma altura de 4.600 acima do nível do mar. a sensação e que você vai sair da terra rumo ao infinito, o sol Luzia como astro único, você poderia olhar horas pelas janelas e não veria nenhuma Arvore ou coisa viva, apenas casas de barro e pastores de ovelhas,
Um mundo vazio e único, onde Deus parecia ter criado uma carência simples e estonteante ao mesmo tempo .enfim chegamos a La Paz começava a escurecer e fomos para casa de Raul dono da Family House um lugar aconchegante e barato onde se pode dormir e conhecer varias pessoas,em especial argentinos,La paz tem muitas coisas para se ver : o vale de La luna,El vale Del sol,a calle de las brujas,praças e tem ainda montanhas que você paga muito barato para conhecer e explorar estão a mais de 5.000metros,e tem temperaturas muito baixas,mais e realmente algo imperdível,enfrentando a altitude


E adelante.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Samaipata

Quijarro me deu muita dor de cabeça.o rapaz que ia comigo,o "Willian" não apareceu,e tive que enfrentar a fila da imigração de saída do Brasil e entrada na Bolívia,tive que ficar das 08:00 da manha as 18:00,não obstante o lado boliviano de imigração não havia nada para se esconder do sol que estava muito forte,pessoas desmaiavam, comecei a sentir efeitos de insolação,as pessoas dos dois lados protestavam e havia muita gente burlando fila,houve um tumulto e um cão foi atropelado,ali estava o inferno a unica coisa legal,foi que deu pra  fazer amizade na fila ,algumas pessoas ate cheguei a encontrar pelo caminho,e quando finalmente chega minha vez quase sou preso por uma brincadeira fora de hora,

Havia um guarda gordo e mal encarado na porta da imigração,e quando eu e outros brasileiros íamos passar:

_Usteds tienen que se quedar mas un poco,esta lleno ahora
_Entonces,galera vamos todos nos quedar mas e mas tiempo hasta las nueve,Respete la policia
_Joven,Tu quires dormir caliente ?
_No maestro,desculpe,es solamente una broma,una bromita nada mas
_Brasileiro,tienes que saber quando hablar quando eschutar e quando quedar-se en silencio ahora estas adentrando en la Bolivia.
com isso aprendi a não fazer muitas bromitas com os homens da lei,Sai da fila as seis e as 06:30 estava num ônibus rumo a Santa Cruz de La Sierra,onde eu conheceria pelo acaso o Cristian,um chileno que fazia sociologia e trabalhava em uma empresa de cobranças e estava de ferias,a gente conversou e decidimos viajar juntos para Santa cruz,la a gente ficou na casa de um senhora que deixava viajantes dormirem no teto da sua casa,onde havia bastantes artesoes e músicos de rua,eles mais tarde se tornaram para mim quase que um irmandade,estavam combinado de ir a um pueblo chamado Samaipata,pelo que eles falavam do lugar parecia ser muito interessante o problema e que eu e o chileno já havíamos comprado um passagem para La Paz para a tarde,bom a coisa parecia ser boa demais para se passar batido, então fomos a rodoviária em reembolsamos a passagem,e com o pessoal pegamos uma combi bem barata para Samaipata,no grupo havia um casal de brasileiros que com seu filhinho estavam viajando a 10 anos pela America

  e um brasileiro do amazonas que me deu muitas dicas de castellano,e uma pulseirinha de presente,tinha outro chileno alem do Cristian,e um argentino de nome Joel que com seu violão proporcionou momentos de festa e alegria a todos.
Samaipata e linda,bem tranquila e calma,atrai gente de todas as partes do mundo e perto possui cachoeiras sítios arqueoogicos,e lugares históricos como a localização de onde morreu Che Guevara que esta a poucos quilômetros da cidade,acampamos no quintal de uma gentil senhora e fomos para praça,ali a maioria do grupo expôs artesanato,e quando foi chegando a noite compramos uma garrafa gigante de vinho um pacote de folhas de coca e outro de marijuana,o Argentino com seu violão e sua voz abençoava a noite,os gringos,os malucos e os propio nativos ouviam a musica e se aproximavam,se juntavam ao grupo buscavam mais vinho,mais folha de coca,mais marijuana,alguns ia e voltavam com amigos e instrumentos, o ritmo ficava mais forte,eram pessoas de vários países,estilos culturais e sociais distintos que sentavam juntos a fim de dividir aquela egregora mistica e harmoniosa,a fumaça embriagava e aguçava os sentidos,quando percebi nosso grupinho já tinha mais de 30 pessoas,todos falando a mesma Lingua com diferentes sotaques e entonações
jamais esquecerei samaipata e meus companheiros de estrada.


                                                     dejare viajar mi alma 
                                                     Más allá del horizonte
                                                    Más allá de mis limitaciones
                                                    allá donde me encuentre libre 
                                                    allá donde no existan más temores


                                                       (con los pies descalzos e el alma desnuda,Sixto angolo alpire y lois jammes)
                                       

sábado, 7 de janeiro de 2012

Quijarro

A noite em Itapagipe foi chuvosa e tranquila depois de comer um cachorro quente e fumar um cigarro eu fui dar uma volta noturna para ver no que dava,encontrei com um carinha que trabalhava em um posto de combustível e era cheio das filosofias,o cara me deixou tomar banho no posto de graça fui para rodoviária para acordar as 5:59 da manha.
com um cafe frugal,cai novamente na estrada,a coisa a partir dai não foi fácil,cai em uma cidade de constituição rural,onde tive que batalhar carona por mais de 3 Horas. Digo"se quer sorte e oportunidade"converse com tudo e todos,ontem pedi informação a um taxista onde fica o trevo da cidade de Uberaba,e quando vi estava sendo levado por 5 quilômetros em um táxi confortável sem pagar nada, então depois de um dialogo com outro caroneiro este ligou para o sobrinho que em 20 min,nos conduziu ate a cidade seguinte. a muito havia passado a hora do almoço,tinha fome,cansaço e não havia avançado nem 50 Km em quase 10 horas pedindo carona,e não obstante o sol se erguia como um imponente farol ameaçando queimar onde seus raios atingissem,me sentindo cada vez mais em uma churrasqueira,me arrastei por mais de 4 Km onde cheguei a um trevo próximo a um frigorifico. tive meu premio ali,um caminhoneiro cearense parou para mim e ele ia para campo grande,isso era mais ou menos 450Km adiante,onde eu julgava chegar só no outro dia,alem disso ele me deu almoço,bolachas,e seu caminhão tinha um excelente ar condicionado,me deu seu numero de telefone e disse para ligar para ele quando eu voltasse a minha casa,o que eu farei com certeza,
Da capital comprei a R$4,00 uma passagem para cidade vizinha.estou a uns 400Km do meu destino,e agora tenho dinheiro para fazer uma boa refeição.na rodoviária encontrei um sujeito aficionado pela leitura,tinha tantos livros,que encheriam uma prateleira,eram livros raros e alternativos "livros para quem gosta de ler digo"
contei para ele um pouco das historias da estrada,da minha vida ,discutimos Kerouk,e antes de ir ele me deu o dinheiro que citei a pouco, não gosto desse tipo de coisa aceitar dinheiro,mais acho que me foi oferecido de boa fé e com respeito,por um motivo que só o universo tem a resposta,acho que estou devendo essa,se um dia encontrar o rapaz nessas minha andanças,terei muito o que contar.
"são o tipo de gente que só se encontra quando caímos na estrada."

Depois de dormir em um posto de combustível já no pantanal,batalhei algumas caronas,ali e mais dificil de se pegar,por que os assassinatos naquela região são frequentes,mas com uma serie de motoristas de caminhão,carros e ônibus de boias frias,consegui chegar a corumba as 15:30.
cheguei a quijarro-Bolivia as tardinha,e estou em um hostel que consegui a um bom preço 30Bls(media de 9 reais ao dia)o Allan dono do hotel é um cara super bacana fiquei ate tarde conversando sobre as estradas e os cantores bolivianos e brasileiros.Hoje depois de tres dias durmo em uma cama.

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Bençaos,pragas e um pouco de historia

Hoje andei pelas ruas da minha cidade admirando cada rosto que vi,rostos bonitos,feios,velhos,rostos em que me sinto feliz ao ver e outros nem tanto,e fiquei pensando  "vou passar um tempo ser ver todos esses rostos de perto ".
depois de alguns meses vou por em pratica minha aventura,estou indo rumo aos Andes, quero conhecer as antigas ruínas incas,nadar nas águas do Titicaca,conversar com pessoas que tem um estilo de vida diferente,pegar as loucas estradas com suas historias que dariam um livro de 1000 folhas.
então ta tudo acertado afinal .
saio de casa nas primeiras horas da manha ;pegando carona rumo a Corumba-MS .la encontrarei com outros Brasileiros com espirito de aventura e Subiremos rumo a La Paz "a capital mais alta do mundo aos seus 3.600 Mtrs.
de la decidirei oque fazer
e que os Deuses soprem ao meu favor.

Sai da minha casa  na manha cinzenta dos primeiros dias de Janeiro
confesso que quando cheguei ao trevo da minha cidade,me senti muito doente,senti frio e muita dor de cabeça
minha vontade foi voltar para minha cama e pedir um chá quente pra minha mãe.
mais tive exito,depois de alguns ociosos minutos peguei carona com um bondoso senhor que com suas  historias e lendas que a gente só houve na estrada me conduziu ate Ibiá-Mg fui pedindo carona por outras cidades ate conseguir chegar na cidade de Itapagipe..digo que correu tudo bem para o primeiro dia um dos caras que me deram carona teve que passar por um município Rural chamado Aguá Comprida onde ganhei um cafe de coca e melancia =)
agora estou no Município de Itapagipe,daqui a pouco vou pra rodoviária dormir, e amanha bola pra frente rumo ao pantanal brasileiro.