quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Atacama

Amanheci super cansado e com dor nas costas,a terra úmida da praça em san Pedro não havia me deixado dormir direito.
Comi as sobras da bolacha,e dei uma volta na cidade: como é rústica San Pedro,cheia das casa de barro e construções,é também uma cidade totalmente turística com seus vales ,salares;cercada da natureza ariada e incomum do Atacama,como não estava com dinheiro para conhecer as atrações turísticas que existem no deserto;fui rumo a aduana para entrar na Argentina,ali enfrentei um poblema...o homem da imigração tava pedindo a identitificaçao do meu ônibus:

_Estoy haciendo dedo,maestro.

E ele me disse que eu teria que estar em um veiculo identificado,então a solução seria pegar um ônibus ate a cidade mais próxima na Argentina;assim pelo menos cruzaria legalmente a fronteira,mais quando fui nas agencias estava tudo cheio, só teria vaga no ônibus em fevereiro,fiquei sem chão,então tentei os caminhoneiros na aduana mais nenhum quis me levar.
Estava prestes a agir de ma fé,anotei o nome de um ônibus,entrei na fila novamente e iria dizer que estava nesse ônibus,mais sucedeu que quando fui dizer isso,ele já estava carimbando meu visto,acho que falou aquilo só de sacanagem. então estou legalmente permitido a entrar nas terras argentinas,agora só me falta alguém para me levar 

   Pedir carona na cidade do Atacama, não e uma coisa fácil,por horas a fio esperei,os carros passavam cheios de gente,e os que passavam vazios, não ligavam para minha presença na pista,não obstante o Sol do deserto se tornava insurportavel;e havia mais de 30 caroneiros a me fazer concorrência 
mais ali teria uma sorte grande para mim, tinha um grupo de Brasileiros,caras que não costumavam pegar carona,mais possuíam consigo uma carta unica,
eles era puxadores de zero(levam para um pais um veiculo novo dirigindo,e voltavam de onibus)mais San Pedro como eu mesmo havia verificado só havia onibus pra dali uma semana,a cartada a mais era essa,conversariam com algum caminhoneiro paraguaio,que eles sabia passar a tarde levando veículos semi-novos nas cegonheiras dito e feito,as 15:00 passa 3 cegonheiras do Paraguay,pararam na aduana e la foram meus companheiros de carona falar com os caras,estava combinado eles sairia de madrugada oferecendo para os brasileiros e para mim,a melhor carona que eu poderia desejar: centenas de quilometros vencidos a uma altura suficiente para ver os detalhes das paisagens e o melhor de tudo,sozinho com horas e horas de silencio absoluto para descansar,sem ter que dizer ou ouvir nada,pois as vezes o grande incomodo da carona e voce ter que ficar ouvindo o motorista por horas,para que ele se convença que nao foi uma ma ideia ter parado o veiculo para um estranho.
enquanto não chegava a iluminada hora,nos juntamos a um caminhoneiro brasileiro;e la o Ivan fez almoço para gente :um arroz com frango de um jeito que so existe no Brasil,fiquei o resto da tarde sem me preocupar com absolutament nada,contei alguma historias da estrada e tambem ouvi algumas,mais a tarde apareceram alguns malucos que estavam fazendo um percusso parecido com o meu,indo da argentina rumo chile bolivia e todo resto,eram tres: França ,Argentina e Chile ,dividi um pouco de rapadura com eles,dei algumas dicas dos proximos lugares para se pedir carona,e lugares sossegados para acampar;trocamos sinais sinceros de boa sorte,e eles se foram.era empolgante para mim ver jovens de mente tão desprendida e iluminada,dava vontade de seguir com eles,mais percebi que eu não tinha meios de ganhar a vida nas ruas.um dia volto e nos veremos de novo.
   voltei para nossos amigos brasileiros ,o motorista havia preparado um molho de salchichas ,o cara era gente fina,meio louco,mais disposto a ajudar sempre.depois disso disso ele se foi;e fomos ao encontro dos paraguaios,estava tarde e tivemos um receio que se confirmou... os caras estavam dormindo.tentamos sem sucesso acorda-los;a noite do Atacama era fria e seca,seria impossivel aguardar ate as 04:00 do lado de fora,então cada um se ajeitou em um carro,e no interior quente de uma Nissan,adormeci.

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