domingo, 29 de janeiro de 2012

Volta ao Brasil

Acordei minutos depois de ter adormecido, pois havia parado um caminhão ao meu lado, e seu dono estava conferindo o estado dos pneus com uma marreta, quando ele passou para os pneus que estavam ao meu lado, me perguntou:

_Chico, ¿lo que haces?,acostado en la calle como un mendigo! 
_estoy aca desde temprano; haciendo dedo, y hablando com los camiones, yo quero llegar a Assunçion para ir rumbo Foz do Iguaçu, soy brasilero, pero estan todos llenos, ou no quiseram levar-me 
_que malo , bueno estoy indo rumbo a Formosa, si quires puedo acerca-te 
_o si, graçiassssssss, vamos 

aquilo praticamente explodira em meu coração, e na madrugada Argentina, o peregrino pouco a pouco avançava para casa, fiquei em um posto de serviço em Formosa, onde de imediato dormi ate o amanhecer, e pela manha, com os primeiros raios de sol, bastariam 10 minutos para um Argentino de nome Michel, me levar indo justamente para Assunção,aquilo me soava divino e antes do almoço, eu estava nas "tierras del Paraguay" dali mesmo foi fácil conseguir carona ate Ciudad del este.

  senti a incrível sensação de voltar a minha pátria,era uma sensação de sucesso e conquista, o sol começava a se por quando cheguei a foz do iguaçu, fui a rodoviária e comprei um bilhete para cidade vizinha chamada "Santa Terezinha do Itaipu"vaguei pela rodoviária, e comecei a bater papo com um moto-taxista,quando contei que ia dormir na rodoviária, ele me disse que não longe dali eu encontraria um Albergue ,onde eu poderia tomar banho, comer e dormir de graça, aquilo me soava extremamente agradável, principalmente quando ele disse que me levaria de graça na moto, fui muito bem recebido no albergue, pegaram meus dados (documento de identidade é exigência)e jantei, tomei um banho quentinho para depois disso dormir em uma cama agradável, havia alguns moradores de rua no quarto, era incrível as historias que escutei deles. .pelas 06:00 o pessoal estava chamando a gente ´para tomar cafe e sair, pois as 07:00 o albergue fechava e voltava a abrir as 18:00.
  voltei a rodoviária e peguei meu ônibus para S.T Itaipu, era domingo e pegar carona nesse dia como todo mochileiro sabe: e quase inviável.
  O sol logo começou a se por e eu não havia saído dali, fui a uma lan-house, de onde novamente receberia ajuda do grande "Léo Carona" :ali perto ele tinha uma amiga chamada "Maria Bona", ele entrou em contato com a família dela e pediu a eles para me darem hospedagem por um ou dois dias, 
Maria estava viajando, mais sua mãe e irmã me receberiam de braços abertos.
  Apesar de ter voltado confiante ao pedágio, o sol já estava se pondo e logo escureceu de vez, e eu sabia que naquele dia não chegaria a Corbélia, tentei dormir no pedágio, mais a segurança disse que ali eu não poderia ficar e como Santa Terezinha estava a 6 km eu não animei a voltar, então me encaminhei a 300 mts do pedágio, comi algumas bolachas e resolvi dormir ali mesmo debaixo de uma velha arvore.




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